quarta-feira, 25 de maio de 2011

XINGU VIVO PARA SEMPRE


QUARTA-FEIRA, 25 DE MAIO DE 2011

Mais empresas desistem de Belo Monte

Instituto Humanista Unisinos
Quase todas as empresas que integraram o consórcio vencedor do leilão da Hidrelétrica de Belo Monte, em abril do ano passado, devem deixar a sociedade. De sexta-feira até ontem, três empresas privadas fizeram pedido formal para sair do grupo investidor Norte Energia: Galvão Engenharia, Serveng e Cetenco. A Contern, do Grupo Bertin, fará o comunicado nos próximos dias.
A reportagem é de Renée Pereira e publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, 25-05-2011.
A J.Malucelli Construtora não fez nenhuma formalização ao consórcio, mas também está disposta a se desfazer de sua participação se houver algum interessado. "O negócio não está no DNA da construtora", afirma o presidente do Grupo Malucelli, Joel Malucelli. A empresa tem participação em Belo Monte por meio de duas subsidiárias: a J.Malucelli Construtora e a J.Malucelli Energia. A intenção, segundo o presidente do grupo, é continuar no projeto apenas por meio da empresa de eletricidade.
A construtora Mendes Júnior é outra sócia que deixará o consórcio. Mas, nesse caso, a desistência se deve a uma pendência da empresa com o Banco do Brasil (que não poderia financiar o consórcio). Para sair da sociedade, no entanto, as empresas precisam encontrar um comprador para suas ações. Foi o que ocorreu com a Gaia Energia, do Grupo Bertin, cuja fatia (9%) no projeto será absorvida pela Vale.
Cogita-se no mercado que o fundo de pensão Funcef (dos funcionários da Caixa) e a Neoenergia (Iberdrola, Previ e Banco do Brasil) poderiam adquirir a fatia desses novos desistentes. Juntas, Galvão, Serveng, Cetenco, Contern e Mendes Júnior, têm 6,25% de Belo Monte. A J.Malucelli Construtora tem 1% de participação. No início, essas empresas respondiam por 29,98% do consórcio, que também contava com Queiroz Galvão (10,02%), Gaia (10,02%) e a estatal Chesf (49,98%).
Esse grupo foi formado pelo governo federal às vésperas do leilão e surpreendeu todo o mercado, já que as empresas eram de porte menor comparado às gigantes Andrade Gutierrez, Odebrecht e Camargo Correia. Sem as "desconhecidas", o leilão de Belo Monte não teria tido competitividade, já que havia apenas mais um consórcio interessado.
Mas, logo após a disputa, a situação começou a mudar. De protagonistas, essas empresas viraram figurantes. Suas participações foram reduzidas e o poder dentro do grupo limitado a obedecer às ordens de Valter Cardeal, o diretor da Eletrobrás que comanda as negociações ligadas ao projeto de Belo Monte. O grupo Eletrobrás continuou com 49,98% do projeto. Mas outros sócios entraram no negócio: Petros (10%); Funcef (2,5%); um fundo de investimento da Caixa (5%); e Neoenergia, 10%.
Com participação pulverizada, sem voz dentro do grupo e com obrigações financeiras pesadas a cumprir, as empresas decidiram se desfazer de suas posições, afirmou um dirigente, que prefere não se identificar. Segundo ele, a participação estatal dentro do consórcio também pesou na decisão das companhias. Mas elas não vão sair de mãos abanando. As companhias continuarão no consórcio construtor que levantará a usina.
http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=4362

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Telma Monteiro: Governo abre mão da proteção de floresta para cons...

Telma Monteiro: Governo abre mão da proteção de floresta para cons...: "Imagem: jotaparente.blogspot.com Telma Monteiro Ministério de Minas e Energia (MME) e Ministério do Meio Ambiente (MMA) estão preparand..."

Jornal Meio Ambiente: Acordo sobre Código Florestal fere democracia, man...

Jornal Meio Ambiente: Acordo sobre Código Florestal fere democracia, man...: "por Sérgio Abranches, do Ecopolítica Acordo entre partidos para aprovar mudança no Código Florestal e livrar o ministro Palocci de depor ..."

XINGU VIVO PARA SEMPRE


SEXTA-FEIRA, 20 DE MAIO DE 2011

Norte Energia é denunciada na ONU por pressão sobre procurador do MPF

Por Xingu Vivo

No início de maio, a Procuradoria da República do Pará sofreu nova pressão no caso Belo Monte, por conta de sua atuação em defesa dos direitos humanos, especialmente de indígenas e comunidades tradicionais. O consórcio Norte Energia S/A– responsável pela construção da obra – ingressou com uma representação contra o Procurador da República Felício Pontes Jr., alegando que ele mantém um blog na internet com informações sobre a obra. A representação foi feita ao Conselho Nacional do Ministério Público e pede o afastamento do Procurador das ações judiciais iniciadas, além da retirada do link do blog da página do MPF/PA.

Diante da evidente pressão exercida pela empresa e também das ameaças realizadas pelo próprio Governo Federal, foi enviado nessa sexta-feira (20) um novo informe à Relatoria Especial para Independência dos Juizes e Advogados da ONU, solicitando providências que garantam a autonomia do Judiciário frente a obra de Belo Monte. A Relatoria está atualmente ocupada pela brasileira Gabriela Carina Knaul.

As Organizações de Direitos Humanos brasileiras, juntamente com o movimento Xingu Vivo, compreendem que a atitude da empresa constitui uma nova tentativa de intimidação aos que se posicionam contrários a realização da obra sem o devido estudo de impacto sócio-ambiental. As intimidações têm virado uma constância no caso Belo Monte, e as organizações vêm alertando a ONU desde o ano passado.

Assinam
Movimento Xingu Vivo Para Sempre
Terra de Direitos – Organização de Direitos Humanos
Sociedade Paraense de Direitos Humanos – SDDH
Justiça Global
Comitê Metropolitano do Movimento Xingu Vivo (Belém – Pará)
Prelazia do Xingu
Conselho Indigenista Missionário – CIMI
Comissão Pastoral da Terra – CPT
Rede FAOR
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil Regional Norte II
Comissão de Justiça e Paz da CNBB Regional Norte II
Secretaria de Direitos Humanos do Conselho Federal da OAB
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST
UNIPOP

XINGU VIVO PARA SEMPRE


Acontecendo agora at MASP - Museu de Arte de São PaulO - São Paulo, Brazil
DIVULGUEM! Twitem! Apoiem! Presença das etinias: KALAPALO KUIKURO KAMAYURÁ WASSU COCAL XAVANTE ... Protesto A F.

sábado, 14 de maio de 2011


Grito e Reivindicações do Encontro Nacional dos Povos Indigenas em defesa da Terra e da Vida

Via Vanessa Ramos/CIMI:

Nós, lideranças e representantes de 66 povos indígenas do Brasil, estivemos reunidos em Luziânia-GO, nos dias 29 de abril a 1º de maio, para fazer uma análise sobre a realidade de nossos povos diante do atual modelo de desenvolvimento imposto pelo governo brasileiro; diante das pendências fundiárias que envolvem nossas terras; diante da perseguição e criminalização de lideranças e povos que estão em luta pela garantia de nossos direitos.
No primeiro dia do encontro, apresentamos para as subprocuradoras da República, Dra. Deborah Duprat e Dra. Raquel Dodge, coordenadoras das 6ª. e 2ª. Câmaras do Ministério Público Federal (MPF), nossos mais graves problemas. Ao mesmo tempo solicitamos que o MPF intervenha junto aos poderes públicos, especialmente ao Ministério da Justiça e no seu órgão indigenista, a Fundação Nacional do Índio (Funai), para que busquem solucionar os problemas, fundamentalmente àqueles relacionados ao descumprimento dos dispositivos constitucionais que nos asseguram a demarcação e usufruto exclusivo de nossas terras.
Junto com as Procuradoras da República avaliamos com preocupação que o desrespeito aos nossos direitos constitucionais gera outras questões graves, tais como a invasão de terras, a depredação do meio ambiente, a implementação de projetos e empreendimentos econômicos nas áreas indígenas que impactam de forma negativa as nossas organizações tradicionais, a judicialização das demarcações de terras, a perseguição e a criminalização de centenas de nossas lideranças no país.
No decorrer do segundo dia de nosso encontro realizamos levantamentos sobre os empreendimentos que agridem, direta e indiretamente, nossas comunidades e povos; sobre a situação fundiária de nossas terras; sobre as perseguições, prisões e agressões praticadas contra nossos líderes. Os dados que coletamos, apesar de serem ainda preliminares, dão conta de que pelo menos 434 empreendimentos atingem nossos territórios. Os programas desenvolvimentistas do governo federal, vinculados ou não ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), vão gerar impactos em 182 terras indígenas e em pelo menos 108 povos.
Ficou evidenciado, neste encontro, que por causa de nossa luta há, de acordo com o InfoPen/MJ, pelo menos 748 indígenas presos, sendo que muitos são lideranças e além disso, outras são perseguidas e sofrem violências praticadas inclusive por agentes da Polícia Federal. Outras processadas e com ordem de prisão decretada. Sobre isso enfatizamos que em muitas regiões há juízes ocupantes de terras indígenas ou que defendem interesses de fazendeiros e até de grileiros assentados em áreas demarcadas ou reivindicadas como de ocupação tradicional indígena. Tais juízes não podem julgar as ações relativas às nossas terras. Devem, portanto, serem impedidos uma vez que são partes interessadas nas ações.
Causa-nos preocupação a atuação do Poder Judiciário. Na grande maioria das regiões, tem adotado procedimentos e decisões contrárias aos nossos direitos constitucionais, especialmente nos casos de mandados de reintegração de posse nas ações contra demarcações de terras, bem como para nos expulsar de nossos territórios, assim como prender e condenar as nossas lideranças quando estas reivindicam a garantia, posse e usufruto de nossas terras. Já para o julgamento de ações que são favoráveis aos interesses indígenas, o Poder Judiciário tem protelado por décadas a tomada de decisões, a exemplo do caso Pataxó Hã-Hã-Hãe à espera de julgamento no Supremo Tribunal Federal.
Preocupa-nos muito a falta de iniciativa do governo federal no sentido de estruturar uma política indigenista que dê conta e atenda as diferentes realidades e demandas dos Povos Indígenas. As questões que destacamos neste documento são constantemente denunciadas aos órgãos públicos com o objetivo de que sejam tomadas medidas cabíveis para solucioná-las. No entanto, o Ministério da Justiça, através de seu órgão indigenista, não dá respostas. Não tem ação, é lento, burocrático e busca apenas acomodar os conflitos sem querer resolvê-los.
E isso vem acontecendo explicitamente com relação às demarcações de terras em Mato Grosso do Sul, que apesar da Funai ter se comprometido em um Termo de Ajustamento de Conduta não demarcou as terras de um povo que sofre processo de genocídio. Em toda a Região Nordeste, as terras são afetadas por grandes obras, tais como a transposição das águas do rio São Francisco, a construção da ferrovia transnordestina, pelos grandes plantios de cana-de-açúcar e a construção de redes hoteleiras (resorts). No Sul e Sudeste do Brasil, os nossos povos vivem em acampamentos de beira de estradas ou em pequenas áreas, o que não garante as mínimas condições de vida.
Nos estados do Norte e Centro-Oeste, a Funai tem se omitido quanto à conclusão dos procedimentos demarcatórios e a proteção de nossas terras, especialmente nos estados de Rondônia, Mato Grosso, Maranhão. Além disso, permite que sejam estruturados grandes empreendimentos econômicos que devastarão as terras indígenas, inclusive em áreas de povos que vivem sem contato com a sociedade brasileira. Exemplos disso não nos faltam, tais como o complexo hidroelétrico do Rio Madeira, a Usina de Belo Monte, as hidroelétricas projetadas para os rios Tapajós, Juruena, Teles Pires, e outras em construção ou planejadas como Estreito, Serra Quebrada, Santa Izabel, Marabá, nos rios Tocantins, Araguaia e Tapajós.
Para agravar este quadro, a Funai tem dado o aval para a abertura de novas rodovias e ferrovias que rasgarão terras indígenas; tem dado pareceres favoráveis às pequenas centrais hidroelétricas em rios que cruzam as áreas indígenas, como acontece na terra indígena Rio Branco; não tem feito oposição ao plantio de monocultivos de soja transgênica, cana-de-açúcar, eucalipto, pinos e tampouco manifesta ser contrária à criação de gado em terras que estão em demarcação. E aqui lembramos que não houve nenhum posicionamento da Funai contrário a construção de usinas nucleares na região nordeste do Brasil, sendo que estas poderão afetar nossas terras e toda a população indígena.
Neste encontro, também conversamos sobre o movimento indígena, nossas organizações, articulações e conselhos. Percebemos que existem dificuldades e que estas serão superadas se conseguirmos fortalecer as organizações em âmbito local, regional e nacional. Precisamos também acompanhar e participar, junto com nossas lideranças, das reuniões da Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI). Queremos que ela seja realmente um conselho com condições e capacidade para discutir, propor e criar uma política indigenista que atenda nossas necessidades, direitos e as diferenças culturais.
O nosso movimento indígena precisa estar voltado para as nossas realidades e a partir delas interferir junto aos poderes públicos, cobrando e exigindo que os nossos direitos sejam garantidos.
Hoje o órgão que deveria cuidar de nossos direitos tem servido mais a interesses daqueles que nos atacam ou que pretendem explorar as nossas terras. Estamos cansados disso.
Queremos uma Funai que deixe de atender aos interesses econômicos e do latifúndio, e que pare de ser órgão licenciador de obras que rasgam nossas terras. Queremos uma Funai com recursos suficientes para retirar os invasores de nossos territórios e ao mesmo tempo ter condições de concluir os procedimentos demarcatórios de nossas terras. Chega de paralisia nas demarcações. Queremos uma Funai com condições de defender nossos direitos coletivos e individuais, especialmente de nossas lideranças que são criminalizadas.
Ao finalizar este documento, convocamos todos os povos indígenas do Brasil para nos unirmos contra os projetos do governo federal e dos governos estaduais e municipais que pretendem única e exclusivamente ganhar dinheiro e poder com a destruição da nossa mãe terra. Mãe que nos nutre, protege e garante a nossa vida e o nosso futuro, que são nossos filhos e netos.
Somos, como bem lembrou um de nossos parentes, os povos do amanhã, porque não pensamos só no hoje, queremos que a terra e a natureza permaneçam vivas para sempre.
Luziânia, GO, 1º de maio de 2011.
POVOS INDÍGENAS PRESENTES:


Anacé
Apinajé
Apolima-Arara
Apurinã
Arara – MT
Arara - PA
Arara - RO
Atikum
Bakairi
Bororo
Cinta Larga
Cujubim
Djoromitxi
Gavião
Geripankó
Guarani Kaiowá
Guarani Mbya
Hunikuĩ
Jaminawa
Juruna
Kaingang
Kambeba
Kambiwá
Kanoé
Karajá
Karuazu
Kassupá
Katokinn
Kayabi
Kayapo
Koiwpanká
Krahô
Krahô-Kanela
Makuxi
Mamaindê
Mayuruna
Mura
Myky
Nambikwara
Nawa
Orowari
Pankaiwká
Pankará
Pankararu
Pataxó
Pataxó Hã-Hã-Hãe
Pipipã
Potiguara
Puruborá
Rikbaktsa
Sakyrabiat
Suruí
Tabajara
Terena
Tinguí-Botó
Truká
Tumbalala
Tupari
Tupinambá
Wajuru
Wapixana
Xakriabá
Xerente
Xukuru
Xukuru-Kariri
Zoró

Resistência Indígena Continental: Grito e Reivindicações do Encontro Nacional dos Po...

Resistência Indígena Continental: Grito e Reivindicações do Encontro Nacional dos Po...: "Via Vanessa Ramos/CIMI: Nós, lideranças e representantes de 66 povos indígenas do Brasil, estivemos reunidos em Luziânia-GO, nos dias 29 d..."

AS AMAZONAS



AS AMAZONAS DA AMAZÔNIA

AS GUERREIRAS BRANCAS


moça WaiWai

"Estamos em 1542. Sob as ordens do Capitão Francisco de Orellana, cinquenta e sete espanhóis descem — e esta é a primeira vez desde a Conquista que se efetua essa aventura — o Grande Rio que alguns chamam Maranhão e que, já se sabe, vai lançar suas águas no Atlân­tico. 



Após alguns dias, acampam na ilha dos Tupinambás, que em nossos mapas denominamos de Santa Rita. Mais uma vez, são atacados pêlos indígenas. Porém, hoje, eles não estão sozinhos.


Vocês devem saber, escreve o Padre Gaspar de Carvajal , capelão da expedição, que estes (os atacantes) estão sujeitos e tribu­tários das Amazonas. 


Ao saberem da nossa vinda, foram lhes pedir socorro e então apareceram aquelas dez ou doze que vimos. 


Elas vinham na frente de todos os índios, como se fossem capitães, e combatiam com tamanho ardor que os índios nem ousavam tentar fugir. 


Aquele que o fizesse, elas o matavam de pancadas diante de nós e esta é a razão por que os índios se defendiam tanto. 


Essas mulheres são muito alvas e altas. 


Têm cabelos longos, penteados em tranças ou coque. 


São tremendamente musculosas e andam nuas em pelo,cobrindo apenas suas vergonhas. 


Usam arco e flechas e são tão valentes no combate que valem por dez índios."

"Peço a todos aqueles que venham a ler esta narrativa para acreditarem em mim...


Digo isto pensando naquilo que outras pessoas possam vir a contar e que talvez não se atenham tanto à verdade como seria de desejar. "

O Padre de Acuna dedica diversas páginas da sua narrativa às Amazonas e baseia-se, para tanto, no testemunho dos índios Tupinambás:

"É também através do que nos foi contado pêlos Tupinambás que pudemos confirmar as abundantes notí­cias recolhidas ao longo de todo o rio a respeito das Amazonas ... São tão numerosos e sólidos os fundamentos encontrados para afirmar que existe uma província de Amazonas no rio, que seria não ter fé no homem se não lhes déssemos crédito."


"Essas mulheres masculinizadas vivem entre altas montanhas e picos imponentes, chamando-se Yacamiaba aquele que se destaca mais entre todos os outros.
São mulheres de grande coragem que sempre se abstêm de qualquer contato habitual com os homens, e ainda que eles venham às suas terras uma vez por ano, de acordo com elas, são recebidos com armas, arcos e flechas."





"As meninas que nascem desses acasalamentos ficam com elas e ali são educadas, pois são elas que deverão perpetuar a coragem e os costumes da nação. Porém não se tem tanta certeza a respeito da sua atitude para com os filhos homens.


Um índio que, criança ainda, acompanhou seu pai até essa entrada afirmou que elas devolvem os filhos aos pais quando, no ano seguinte, eles ali voltam. Porém há outros que dizem que elas os matam assim que verificam o seu sexo, o que parece ser mais exato pois esta é opinião corrente".



De onde vinham essas mulheres brancas?



"Contamos apenas com o testemunho de um velho índio Coari a este respeito, como o relata La Condamine, porém isso é confirmado, indiretamente, pelas des­cobertas de Barros Prado.

Durante a primeira metade do século XVII, o avô desse índio viu um grupo de Amazonas atravessar o Maranhão, à altura do rio Cuchivara — o atual Purus - e subir rumo norte.

O fato é que essas mulheres vinham do rio Caiamé, situado a oeste, entre o Purus e o Juruá. Esses rios, que delimitam uma enorme extensão de florestas, ainda hoje quase que inexplorada, têm, ambos, suas nascentes no Peru, distantes apenas uns cinquenta quilómetros uma da outra, num ponto da serra de Urubamba situada em Unha reta a 300 km ao norte de Cuzco.

Ora, as "tatuagens" das cunhantensequimas do Jacicurá são indiscutivelmente semelhantes aos desenhos da civilização de Tiahuanaco.

Esta origem peruana explica também os rumores que corriam a respeito da baixela em ouro e prata das mulheres sem marido e sobre suas casas de pedra. "

"Portanto não há dúvida: a retirada das Amazonas ocorreu por volta de 1290.


Na Verdade, foi nesta data que os Diaguitas do cacique Kari, vindos de Coquimbo, no Chile, atacaram os Vikings que tinham sua capital em Tiahuanaco . 


Com a exceção de pequenos grupos que conseguiram escapar, uns pelo Pacífico, outros na montanha e na selva, os homens foram degolados pêlos vitoriosos.

Mas as mulheres tiveram suas vidas salvas. Algumas, provavelmente, foram tratadas pêlos indígenas como presas de guerra.

É normal que outras tenham conseguido escapar e tentado alcançar a Amazónia onde, como observaremos mais tarde, os Vikings tinham algumas colônias. 


As mulheres nórdicas — nas alta Idade Média, na Europa — acompanhavam de boa vontade os homens do seu clã nas guerras e muitas vezes participavam de seus combates. 

As sagas escandinavas estão repletas de façanhas heróicas das skjòld-meyar, ou Virgens do Escudo, que já foram comparadas às Amazonas por diversas vezes ."

Essa é a origem dessas guerreiras mulheres Vikings na América. 


Os Vikings no Brasil
Jacques de Mahieu


Etimologicamente, Amazonas significa "sem seios"; de A-Mazós,mas os 
Tapajós as conheciam por "cunhantensequina" ou "mulheres sem marido"

CÓDIGO FLORESTAL



NOVO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO.

Olho no futuro



por Míriam Leitão

Esta semana o Brasil pode tomar uma decisão que vai afetar as futuras gerações. O país tem diante de si muitas dúvidas, mas já tem uma certeza: até agora, errou muito. O Código Florestal não é sobre o conflito entre produtores e ambientalistas, é sobre os erros do passado, as chances e riscos do futuro. O debate tem sido medíocre.

O fotógrafo brasileiro e global Sebastião Salgado passou os últimos anos olhando o presente do futuro num projeto chamado Gênesis, que lembra o passado mais inicial. Fotografa o que resta de protegido na natureza. Essa ideia surgiu quando voltou para a fazenda em que cresceu no interior de Minas, Aimorés. Tudo árido, desmatado, morros pelados, erosões. Nada lembrava a vida cheia de verde que ele tinha visto na infância. Ele começou a replantar. Mil, duas mil, um milhão de mudas de espécies nativas. A água, que havia secado, brotou de novo; as árvores cresceram, voltaram animais, pássaros. A mulher do fotógrafo e autora do projeto, Lélia Salgado, quando me contou o momento da descoberta da água retornada, se emocionou.

Os produtores pensam estar protegendo seus interesses quando defendem anistias e leis que aceitam mais desmatamento. Podem estar secando seus rios, revoltando os leitos que vão mostrar suas fúrias nas tempestades, minando o solo, que vai secar, desabar ou se partir nas crateras da erosão. Podem estar contratando o acirramento de fenômenos climáticos extremos que destruirão suas terras, plantações e a economia do país.

O dilema que está diante de nós é maior do que temos visto. O Brasil é ao mesmo tempo um dos maiores produtores de alimentos do mundo, o país com a maior diversidade biológica do planeta, um dos grandes reservatórios de água. Como é possível conciliar a abundância das chances que temos? Há países que administram a escassez. Temos sorte.



Os ruralistas disseram que querem mais terra para plantar. 
Com a produção deles, o Brasil garante a balança comercial, aproveita a alta das commodities, acumula reservas cambiais, entra em todos os mercados como o primeiro do mundo em muitos produtos. 
Os produtores são parte do nosso sucesso como país. 
Os ambientalistas dizem que o país já destruiu demais. 

Foram 333 mil km na Amazônia nos últimos 20 anos: 11 Bélgicas, quase uma vez e meia o território do Reino Unido. 

Além disso, reduziu a quase nada a Mata Atlântica, é insensível ao Cerrado, ameaça o Pantanal, despreza a Caatinga. 

Os ambientalistas são parte do nosso melhor projeto. Os cientistas fizeram um grupo de trabalho, reuniram mentes brilhantes, estudaram profundamente e fizeram um relatório que alerta para os riscos de o país escolher mais desmatamento. 

Foram ignorados e disso deram ciência ao país. 

A Agência Nacional de Águas (ANA) ouviu os técnicos e avisou: sem a cobertura vegetal, vamos perder água; o elemento da vida que está ficando cada vez mais escasso. 
A agência foi ignorada como se chovesse no molhado.

No meio dessa complexidade, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) escolheu apequenar seu campo de visão e viu apenas um dos lados do polígono. Não entendeu que esses são conflitos não antagônicos, para usar uma linguagem que talvez ele ainda tenha de memória. É preciso ver toda essa diversidade. Escolhendo ouvir só os produtores de visão estreita, ele pode estar revogando os interesses mais permanentes dos próprios produtores. Sem proteção do meio ambiente não haverá água, sem água não haverá produção. Sem meio ambiente não há agronegócio. Os interesses são mais convergentes do que parecem.

                                                    Rio Amazonas (imagem/satélite)

Os produtores têm razão em reclamar que a lei mudou no meio do caminho em alguns pontos. Olhar esses pontos com sinceridade é necessário. A ANA lembrou as políticas de incentivo ao desmatamento e as alterações de tópicos da lei e separou o que o projeto misturou: “Quem agiu de boa fé” e “quem comprovadamente gerou passivo ambiental.” O projeto mistura tudo quando anistia quem desmatou até 22 de julho de 2008. O texto como foi escrito estatiza os custos e privatiza o lucro.

Os cientistas alertam que uma pequena alteração feita no texto representa um risco imenso. Se a mata em torno dos rios tiver que ser calculada a partir da menor calha, e não das bordas maiores, os rios da Amazônia que enchem e encolhem ao longo do ano podem perder 60% da sua proteção.

A ANA, a Academia Brasileira de Ciências e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) avisam que não se deve mudar o código. A tarefa é aprimorar a lei e melhorar a implementação. A ideia de que uma lei deve ser jogada fora porque muitos não a respeitaram é estranha. Ela não foi entendida nem pelo governo que a baixou em 1965, mas para nossa sorte ela ficou atual. Protege áreas frágeis da erosão e dos deslizamentos. Protege rios e mananciais de água. Cria a obrigação de cada proprietário reservar uma parte da sua terra para a vegetação natural. Está em sintonia com o tempo da mudança climática que já está entre nós.

A oposição desistiu do futuro; o governo decidiu escolher o menos pior. Erram os dois. O sensato é querer o melhor. Olhar para as exigências que o planeta nos faz para as próximas e decisivas décadas. Entender como aumentar a produção conservando os ativos. Fazer mais com cada hectare de terra da agricultura e da pecuária. Tirar mais informação da biodiversidade que recebemos por herança. Não se deve votar com olhos paroquiais. É pelo porvir que se vota, congressistas. Leis não são mudadas para apagar o crime do passado, mas para garantir o melhor futuro.

http://oglobo.globo.com/economia/miriam/

ISSO VEM DE LONGE...


Novo Código Florestal Brasileiro dá margem para a continuação dos desmatamentos



Publicado em agosto 3, 2010 por HC

O projeto de reformulação do novo Código Florestal Brasileiro aprovado pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados no início de julho dá muitas margens para a continuidade de desmatamentos dos biomas brasileiro para a atividade agropecuária. A avaliação é da secretária de biodiversidade e floresta do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Maria Cecília Wey de Brit

13 de maio de 2011

SECA NA AMAZÔNIA PODERÁ TER EFEITOS DEVASTADORES SOBRE ESSA REGIÃO




Pesquisadores no experimento climático da amazônia


Cientistas deixam floresta sem água para estudar efeitos da seca

Os cientistas alertam: os longos períodos de seca na Amazônia estão aumentando e a mudança climática pode ter efeitos devastadores sobre essa região. O professor Antônio Lola, da Universidade Federal do Pará (UFPA), e sua equipe, investigam o que acontece quando chove menos na floresta.
Uma parte da mata foi artificialmente ressecada num projeto que é desenvolvido pelos pesquisadores da reserva de Caxiuanã, no Pará. Eles montaram uma cobertura de 10 mil metros quadrados para desviar a água que iria para o solo. A seca na Amazônia está relacionada à mudança no efeito estufa, um fenômeno natural, a maneira de a terra manter sua temperatura média constante.
No efeito estufa, raios solares chegam à terra e refletem na superfície. Parte do calor é retido pelos gases da atmosfera. Outra parte escapa de volta para o espaço. É um mecanismo que impede que o planeta esfrie demais.
O problema é que a poluição dos carros, das indústrias e das queimadas pelo mundo joga mais gases do efeito estufa na atmosfera. Com isso, o calor que antes ia para o espaço é retido pela atmosfera, esquentando o planeta.
A consequência dessa mudança é o aumento de ocorrências atípicas do clima, como o El Niño, que esquenta o Oceano Pacífico e diminui a chuva na Amazônia e o La Niña, que esfria as águas do Pacífico e aumenta a chuva na região.
Extremos – O meteorologista da Universidade Federal do Pará, Everaldo Souza, diz que a Amazônia não está preparada para os extremos que têm sido registrados de uns dez anos para cá.
“Você tem seis meses de muita chuva e você tem cinco meses de nenhuma chuva. Não tem como guardar essa água. A floresta precisa de um certo período de transição, uma certa sazonalidade”.
Com a pesquisa do meteorologista Antônio Lola, pesquisador da UFPA, pode-se ver na hora o que acontece com a floresta ressecada: “Houve grande mortalidade de árvores, principalmente árvores grandes. Isso é uma alteração muito grande na questão do carbono na questão da biomassa”.
A questão da biomassa, da quantidade de carbono que está fixado nas plantas, é outro ponto dos estudos. Os cientistas querem entender melhor as trocas de gases e energia entre a floresta e a atmosfera.
Qual é o estoque de carbono que existe ao todo na floresta? Nenhum cientista é capaz de dizer exatamente essa resposta. Mas, na floresta amazônica, há vários sensores espalhados em vários pontos. Eles ficam em torre para medir a troca de carbono que acontece entre a atmosfera e as árvores.
Os sensores são capazes de medir o quanto de carbono é capturado pela floresta e o quanto de oxigênio é liberado através da fotossíntese. Eles também medem o quanto de carbono é liberado e o quanto de oxigênio é consumido através da respiração das plantas. Em condições saudáveis, a floresta tira mais carbono do ar do que coloca e libera mais oxigênio do que consume.
A quantidade é pequena, se comparada com cerca de 2,3 bilhões de toneladas de carbono liberadas na atmosfera por causa do desmatamento. Por isso, é um engano chamar a Amazônia de pulmão do mundo. Mas mesmo assim a floresta precisa viver. Morta, ela iria jogar na atmosfera uma quantidade maior de gases do efeito estufa, através da decomposição das plantas, aumentando mais ainda o aquecimento global.
“Seria uma visão em pequena escala do que viria a acontecer se persistirem os desmatamentos desenfreados, as queimados em larga escala. A intensificação dos fenômenos do El Niño principalmente, ou seja, redução da chuva. Qualquer fenômeno que cause redução da chuva o cenário final seria de uma floresta morta” diz Lola. (Fonte: Globo Natureza) - AMBIENTE BRASIL
VEJA O VÍDEO
 GLOBO NATUREZA - GLOBO.COM
BLOG SOS RIOS DO BRASIL
ÁGUA - QUEM PENSA, CUIDA

Blog SOS Rios do Brasil - Educação ambiental e preservação hídrica: SECA NA AMAZÔNIA PODERÁ TER EFEITOS DEVASTADORES SOBRE ESSA REGIÃO

Blog SOS Rios do Brasil - Educação ambiental e preservação hídrica: SECA NA AMAZÔNIA PODERÁ TER EFEITOS DEVASTADORES SOBRE ESSA REGIÃO

JOSEVITA TAPETY: UM CÓDIGO MAIS QUE FLORESTAL

JOSEVITA TAPETY: UM CÓDIGO MAIS QUE FLORESTAL: "Especulação e Codigo Florestal. Imcompatibilidade Total Em artigo, professor do curso de Economia da PUCRS fala sobre crescimento econômi..."

Juliana Borges: O Novo Código Florestal e as APPs

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Pare Angra III

"Sem a floresta não tem vida"

BNDES financia a insegurança nuclear

Desenvolvimento e conservação

Jornal Meio Ambiente: Código Florestal deve ir à votação no fim de maio,...

Jornal Meio Ambiente: Código Florestal deve ir à votação no fim de maio,...: "A votação do novo Código Florestal Brasileiro só deverá ocorrer na última semana de maio. Essa é a previsão do líder do governo na Câmara, ..."

Ambiente Regional - Opinião e Notícia: Código Florestal: tempo para um projeto digno do s...

Ambiente Regional - Opinião e Notícia: Código Florestal: tempo para um projeto digno do s...: "Luis Felipe Cesar Mais uma semana tensa. E não foram questões locais. Desta vez o tema foi a nacionalíssima lei do Código Florestal, preste..."